quarta-feira, 27 de março de 2013

Indicação de leitura


Revista Brasileira de Educação
Caro(a) leitor(a),
É com satisfação que anunciamos o lançamento do número 52 da Revista Brasileira de Educação.
O número 52 da RBE,  o primeiro do ano de 2013, inaugura a alteração na periodicidade de publicação da revista, que passa a ser trimestral. Neste número, os Anpedianos contam com textos que tratam de temáticas variadas, cujos aportes contribuem para redirecionamento de ações no campo educacional; ao mesmo tempo, suscitam questões merecedoras de aprofundamentos em pesquisas futuras.
Entre os textos, há convergência em torno de considerações relativas à profissão docente, tema que tem ocupado centralidade neste início do século XXI, quando se trata de proposições relativas à qualidade da educação. As contribuições apresentadas pelos autores abordam algumas facetas desse complexo e multifacetado debate.
Segue o link de acesso a revista:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=1413-247820130001&lng=pt&nrm=iso

sábado, 23 de março de 2013



Colegas,              
Ontem, cometi um erro daqueles que quando a gente comete, a gente sente vontade de sumir...
Não é que troquei, no texto postado no blog ontem, o nome da Profª Tania Gonçalves, tão gentil e que me premiou com sua amizade no decorrer deste ano, pelo nome da Profª Tânia Vasconcellos, maravilhosa também, amiga de belos tempos????
Por isto, estamos publicando, outra vez, a grande contribuição da Professora Tânia Gonçalves, de Juiz de Fora-MG.
Não sei como consertar isto, pois só uma retificação de nomes não me arranca do lugar de muita vergonha pelo equívoco...
Apenas a certeza da amizade das duas e da compreensão de todas e todos que nos acompanham neste blog me esquiva da tristeza, para me lançar na situação do maior “mico” da semana...
Perdão Tânia Gonçalves, de Juiz de Fora, mestre em educação, com pesquisa poderosa sobre ensino de Geografia, professora competente e séria, parceira comprometida e que veio nos encantar com sua rica contribuição de vivência em sala de aula e na escola...Generosa, afirma ser uma honra ter sido confundida com a Professora Tânia Vasconcelos. A despeito de toda a admiração e do meu imenso bem querer à Professora Tânia Vasconcelos da UFF, não foi questão de confundir, apenas trocar sobrenomes de duas poderosas professoras amigas... Espero, Tânia, que você continue a contribuir conosco. Tenho certeza que posso dizer: esperamos todos!!!
...se a ousadia não for demasiada, quem sabe com este “mico” ganhar também um texto da Tânia Vasconcellos para o blog??? E muitos seus, Tânia Gonçalves...

Um abração da
Professora Marisa Valladares

sexta-feira, 22 de março de 2013

Preparando oficinas para o Encontro do MEPES


TRABALHANDO AS RELAÇÕES ESPACIAIS POR MEIO DA MÚSICA E DO BRINCAR NO 1º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL



Coleg@s,

Recebemos  da  amiga Tânia Gonçalves (corrigido), de Juiz de Fora, a sugestão de trabalho com a primeira série do ensino fundamental.
Agradecemos a esta incansável professora, eterna pesquisadora em Ensino de Geografia, pela colaboração.
Esperamos que vocês apreciem a idéia e a experimentem.
Gostaríamos de receber outras propostas de trabalho, vivenciadas nas salas de aula – onde mais coisas acontecem do que nossa vã pedagogia toma conhecimento...
Bom fim de semana,
Professora Marisa e equipe do Leageo. 

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segunda-feira, 18 de março de 2013

Aprendizagens




marisavalladares

Eu posso aprender vendo, ouvindo, falando, fazendo. Em cada uma dessas modalidades, eu aprendo numa proporção diferente e retenho por um tempo diferente. Como sou único no meu jeito de ser, a minha aprendizagem torna-se exclusivamente minha até eu torna-la ensinagem. A minha aprendizagem resulta de conexões entre esquemas mentais pré-existentes em minha vida, que se refazem a todo instante, diante de novos desafios de aprender a resolver situações. As aprendizagens evoluem, como mudanças sutis, quase imperceptíveis, cumulativas, intrincadas umas nas outras, crescentes, resultantes de novas aquisições que surgem dessas mudanças e se impregnam em outras tantas, que, às vezes, eu nem percebo que aprendi! Às vezes, as aprendizagens novas me surpreendem, como se um enorme quebra-cabeças, composto de mil cacos de mil imagens dos cosmos incontáveis do universo de saberes, se reorganize num flash instantâneo como se faz a luz... e, aí, vejo que aprendi! Tudo assim tão lúcido, tão claro, tão eficazmente perfeito que me faz crer na minha verdadeira fonte de saber: DEUS...
Para aprender nem sempre preciso me esforçar muito: o saber vai se construindo assim bem de mansinho, bem no prazer de descobrir, bem na alegria de juntar, bem na satisfação de compreender e elaborar respostas... Porém, às vezes, eu preciso fazer um enorme esforço para vencer o cansaço, a vontade de largar tudo para lá e continuar no exercício de buscar os dados, entender o texto, resolver o problema, mapear o espaço, registrar o tempo... Doem os olhos de sono, ardem as costas na postura de manter o rosto voltado para o livro ou para o monitor, as pernas e os pés pedem socorro, o sangue martela nas têmporas... Cada pedacinho de entendimento vai nascendo sofrido e fazendo sofrer.
Aprendo conceitos extraídos de informações, dados, fatos e fenômenos, burilados em ensaios, emergências, problematizações, reflexões... Aprendo procedimentos ao coletar e tratar os dados: ler, escrever, efetuar, mapear, representar... Formam-se atitudes e normas que estruturam valores e juízos sobre o mundo.
Aprendizagens se superam, tornam-se lembranças e viram novos desafios...
Aprendizagens não cessam e que precisam ser selecionadas para que eu possa “viver e não ter a vergonha de ser feliz”! Aprendizagens são bênçãos que permitiram ao homem voar, vencer doenças, atravessar oceanos, extrair do solo novas promessas de alimentos. Aprendizagens podem ser pragas que mancham o mundo como o inesquecível tom violáceo da rosa de Hiroshima. Podem ser como o rastilho de pólvora das drogas ao se propagarem como derrotas que custam caro e enriquecem alguns.
Aprendizagens podem ser simples como descobrir o prazer de sentar ao sol, organizando o tempo para desfrutá-lo sem prejuízo para as obrigações cotidianas. Podem ser complexas como a criação de equipamentos sofisticados ou como a descoberta de remédios importantes. Aprendizagens infantis nos intrigam porque já as superamos e, hoje, são simples para nosso saber acumulado. Aprendizagens adolescentes nos encantam ou nos fastiam ou nos irritam porque nos desmistificam como sábios superiores aos jovens- eles sabem que logo nos alcançarão! Aprendizagens são pontes entre nós e o infinito, por isso são simples depois que se efetuam e continuam complexas enquanto nos são estranhas. Aprendizagens são fios de luz entre nós e o saber, cintilando e marcando o caminho para que busquemos o horizonte utópico: quanto mais nos acercamos, mais longe ele nos convida a ir...  

sexta-feira, 15 de março de 2013

Exposição de Baners - Metodologias alternativas no Ensino Básico

O LEAGEO em conjunto com a disciplina Estágio I oferecida pelo professor Dr. Vilmar Borges, convida a todos para a exposição de baners realizados pela turma com a temática metodologias alternativas no ensino, pesquisada pelos alunos junto a professores da rede pública e particular da Educação Básica na Região Metropolitana da Grande Vitória. A exposição será realizada a partir das 08hs às 12:00 do dia 20 de março de 2013 no IC IV.


Dr. Vilmar Borges e equipe Leageo

I Seminário de Ensino de Geografia


Será realizado no período de 25 e 26 de março de 2013, na UFF/Campos, o I Seminário de Ensino de Geografia, com palestras e oficinas conduzidas pelos alunos de licenciatura do curso de Geografia da Universidade Federal Fluminense, Polo Universitário de Campos dos Goytacazes. 


Avaliação: uma contribuição da Geografia



A proposta de avaliação como processo muitas vezes intimida nossa ação cotidiana na docência. Contudo, essa proposição nada mais é do que uma sistematização conceitual do que fazemos no dia a dia, na sala de aula, e que na cultura docente não foi autorizado a ser registrado, devido nossas infrutíferas tentativas positivistas de sermos neutros, num eterno medo de confundir nossas subjetividades com uma avaliação pretensiosamente isenta de quaisquer valores que não aqueles mensuráveis tecnicamente em números.
Então, nossas observações, tão intensivamente realizadas, acabam por se tornarem comentários no conselho de classe e no registro de fichas na educação infantil. Elas funcionam como se fora uma avaliação à parte, restrita apenas aos conceitos e objetivos atitudinais.
Professores e professoras que se atrevem a usá-las como parte da avaliação sistemática, sempre correm o risco de serem tomados de assalto por suas próprias dúvidas quanto à honestidade ou validade em usá-las, assim como podem ser questionados se não estarão “perseguindo alunos” ou sendo “bonzinhos” com outros... Se observamos que um menino cumpre todas as tarefas, que se esforça em avançar, a despeito de não conseguir sucesso em provas bimestrais, ao tentarmos valorizar (no sentido de registrar isso em valores-notas) não é verdade que enfrentaremos argumentações sobre as exigências posteriores de concursos e vestibulares que o mesmo menino terá que viver? Não é comum dizermos e ouvirmos professor dizer que Maria é ótima, atenta, participativa, pena que não desenvolve um trabalho equivalente ao seu rotineiro comportamento em sala... É pena que João seja tão estudioso e não alcance a nota equivalente ao seu esforço: não posso fazer nada porque não posso atribuir nota só porque ele é bonzinho (o bonzinho vira sinônimo da situação de estudo...)
É claro que também acontece de se realizar um “julgamento” negativo do aluno: Embora Miguel alcance boas notas em provas, ele é um menino faltoso, não realiza as tarefas solicitadas, não trabalha em grupo, não participa da aula... Ou ainda: Jonas é um péssimo aluno: não participa, não estuda, não “tira” notas boas...
Essas são falas comuns no nosso cotidiano. São resultantes de nossas competências pedagógicas, que dizem, legitimamente, de uma avaliação em processo, embora não sejam consideradas tão legalizadas quando embutidas em nosso avaliar: não traduzimos essas nossas avaliações, abertamente, em notas. Elas impregnam as notas, mas parecem não estar lá...
É bem verdade que nossas subjetividades precisam ser incessantemente interrogadas quanto ao nosso bem-querer ou mal-querer relativos ao aluno. Contudo, será que não devemos instrumentalizar essas observações rotineiras, integrando-as ao nosso fazer, não deixando que permaneçam no limbo de nossas imponderabilidades docentes?
Não tenho pretensão de apresentar um receituário de como fazer. Mas, gostaria de colocar na roda, possibilidades de intervenção que podem resultar em registros mais significativos do agir do menino e da menina, sempre com intuito de deflagrar novos desdobramentos na tessitura de suas aprendizagens e procedimentos em busca delas – se é que acreditamos que viver é um permanente processo de aprender...
Fico imaginando se as leituras que continuamente insistimos que sejam feitas, impressas em livros didáticos ou textos que nós – professores e professoras – selecionamos de outros artefatos de inscrição do conhecimento, não poderiam se entrecruzar com os textos produzidos por nossos alunos, numa freqüência maior do que aquela pontual, quase como um pretenso presente para eles... Essa é uma prática pouco difundida, mesmo no ensino superior, que parece ser objetivo apenas de tentativas de resumos, sínteses, análises. Estou dizendo de criações: o “dever” de matemática, elaborado como um texto de português, a partir de um mapa de Geografia e de uma linha de tempo da história, com elementos das ciências biológicas, físicas e químicas – como fazer?
Por outro lado, além da perspectiva interdisciplinar, podemos investir na capacidade de nossos alunos se fazerem educadores e investigadores ao criarem linhas de fuga dos lugares comuns, ainda que usando tais lugares comuns como ponto de partida para outras leituras do mundo que os cerca.
Imagine o menino que brinca com o Playstation, com um jogo de um tubarão assassino que singra o mar, absolutamente abaixo do que estamos acostumados a ver. O que sabe ele sobre as algas, os amontoados de corais, os outros peixes, os crustáceos e o movimento do peixe que ele comanda? Como o saber sobre aquilo fará com que atue no jogo ou avalie o jogo? Há um ir e vir que começa como um ensaio-erro, ele segue em frente com o peixe. Mas, há mapa pequeno e lateral na tela. Como o mapa pode intensificar o jogo? O que ele revela ao menino que joga? Como ele pode potencializar seu uso? Se o peixe ataca e mata pessoas, como intervir num julgamento de valor sobre mortes e assassinatos, discutindo os limites desvanecidos na sociedade atual – e tão veiculados pela mídia, a qual se permite tornar assassinatos e roubos como motes para o raciocínio em jogos de criança e de adolescentes... – a partir do jogo tão atraente quanto inconseqüente para eles? Será que poderíamos pensar em equivalente jogo, numa prática de brincadeira de páteo? O que é preciso para torná-lo mais uma ferramenta de gostar de aprender?
E mais, se o filme sobre a escola norte-americana estimula a ginástica e a criação de músicas para animar a torcida, será que as meninas não se envolveriam com equivalentes criações, porém voltadas para temas da Geografia? Por que só fazemos isto em situações de feiras, festas e gincanas escolares?
Há outra coisa que precisamos encarar: como sabem preparar coisas no computador!!! E como o laboratório de informática pode ser usado, mesmo por quem não domina tanto a técnica... Há muitas reclamações de falta de acesso à rede nestes laboratóros, mas há tanta coisa que se pode fazer sem a rede... Reclamamos tanto da falta de interesse dos alunos, da falta de devers em casa para complementar os estudos...Por que não usar o computador como ferramenta? Os vídeos produzidos pelos jovens e crianças são excelentes formas de registro e análise de fatos geográficos. E com essa ferramenta, sempre usam todo o seu potencial cognitivo para preparar tarefas.
O jornal, as revistas, as fotos, a TV também continuam sendo bons artefatos para produção de textos verbais e imagéticos.
Vamos dar uma espiada no que nossos alunos estão produzindo?  

Marisavalladares
UFES- 2013

quinta-feira, 14 de março de 2013

JOGO GEOGRÁFICO DA VELHA


JOGO GEOGRÁFICO DA VELHA

  1. Dividir o grupo em dois.
  2. Arrumar a sala: no meio dela, nove carteiras dispostas como no jogo da velha.
  3. Os dois grupos receberão toalhinhas de TNT com suas cores: uma verde outra vermelha.
  4. Numa caixa estarão questões sobre a geografia aprendida. No caso, pontos cardeais, colaterais, movimentos da terra, elementos do mapa, elementos da paisagem.
  5. O jogo começa com indicação do primeiro a jogar: par ou impar.
  6. O primeiro jogador tira uma carta, responde (com ou sem ajuda do grupo): se acertar senta num lugar escolhido e põe a toalhinha na mesa da carteira. O próximo tira outra carta e faz o mesmo. Se não responde, continua de pé.
  7. O objetivo é fechar uma linha vertical, horizontal ou diagonal.
  8. O jogo serve para provocar ou discutir aprendizagens.

Questões:
  1. Se eu caminhar na direção do oeste, ao entardecer, na direção de que ponto cardeal se projeta minha sombra?
  2. Qual o movimento da Terra que provoca os dias e as noites?
  3. Qual movimento da Terra que ajuda a definir as estações do ano, associado à inclinação do seu eixo?
  4. Se a Terra realiza um giro em torno de si mesma, em 24 horas, por que no verão os dias são mais longos?
  5. Se o Sol, no Brasil, surge ao Leste (com variações para norte ou Sul, dependendo da época do ano) qual é a direção do giro da Terra?
  6. Qual é o ponto colateral entre Sul e Leste?
  7. Se eu estender o meu braço esquerdo para a direção Leste, qual o ponto cardeal que estará às minhas costas?
  8. Qual o elemento do mapa que me explica símbolos usados nele?
  9. Na paisagem estão presentes elementos naturais e culturais. Cite um elemento natural modificado por um elemento cultural.
  10.  Quando a Terra gira em torno do Sol, ela fica ora mais longe, ora mais perto dele. Por que a gente não vê o Sol  maior ou menor?
  11. Qual o ponto colateral entre o Norte e o Oeste?
  12. Por que as estações do ano são mais acentuadas em alguns lugares do globo do que em outros?
  13. Qual a função da escala para um mapa?
  14. A paisagem é explicada como o novo no velho e o velho no novo. Explique.
  15. Nos mapas o Leste sempre fica à direita. Como isso acontece se a terra é redonda?

quarta-feira, 13 de março de 2013

Um conto (en)cantado...


Colegas professoras e professores:

Hoje vamos oferecer uma criação metodológica que pode ser modificada, usada, melhorada... por você para uma aula de Geografia.
Esperamos que ela seja uma boa oportunidade para você se animar e criar outros contos (en)cantados...

Atenciosamente,

Equipe do LEAGEO.


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Um conto (en)cantado...


 (A)venturas e (en)cantos da Terra: 
marcas das sociedades e da natureza.




Era uma vez, uma escuridão muito grande, que tomava conta de tudo...
Então, um dia, a escuridão, cansada de ficar sozinha, se mexeu, se mexeu e:

E então se fez a Luz
Em estrelas a brilhar
Apareceram outros astros
E o Sistema Solar

(Música: Ciranda cirandinha)
                                           

O Sistema Solar se tornou um grupo animado. A Terra está nesta turma. Tem uma coisa diferente na Terra: nós vivemos nela. Ela é a nossa casa. Para a gente viver nela, precisamos de muitos amigos: a luz, o ar, a água, a terra do chão, a vegetação e os animais. Existem outros amigos, mas hoje estes é que vão ajudar a gente contar a história da Vida...

O ar é um amigo que está em toda parte, transparente e animado. Ele corre e vira vento. Empurra as nuvens e faz chover, cair neve... Ele ajuda a esquentar e a amenizar a temperatura do lugar onde vivemos.  Ele vira furacão... Mas... o ar anda meio triste. Ele me contou a causa. Vocês querem saber??? Ele vai contar, ou melhor, cantar:

Eu quero ser bem limpinho,
Amigo de toda gente,
Não quero ser poluído
Eu quero é ficar contente...

(Música: O cravo brigou com a rosa)


O Ar é amigo da Água, amigona do banho, de roupa cheirosa de limpa, de casa bonita, de mata fresquinha. A Água faz a Terra ficar azul, por causa da cor que dá aos mares, aos oceanos grandões que cobrem grande parte do planeta. A Água corre cantando nos rios e cachoeiras. A Água ajuda o pasto e a plantação: eles ficam verdinhos de dar gosto!!! A Água serve de caminho para barcos e navios. Nela moram os peixes e outros animais...Ela serve como alimento mais precioso. Mas...não é que ela também está ficando zangada? A Água tem um recado para todo mundo:



Se a água está suja
Poluída ela está
É por causa da ganância
Que não sabe preservar.
Se eu fosse você
Eu tratava de cuidar
Pois sem água, minha gente,
Como é que vai ficar???

(Música: A canoa virou)

Esse dois amigos, o Ar e a Água gostam muito de brincar com a amiga Terra: um molha, o outro seca e os dois levam embora. O Ar brinca tanto com a Terra que, mesmo quando ela é dura como rocha, ele fura, ele gasta. A Água vai brincar com a terra lá longe, no escondidinho, onde se junta ao que a Terra dá para as plantas comerem pela raiz. A Água tem sofrido quando não tem como passar para rios e mares ou quando não tem como ir lá para o fundo da Terra, ficando suja e enchendo ruas, casas, plantações....A Terrinha gostou das músicas que eles cantaram e resolveu fazer a sua:

Eu sirvo pra fazer casa,
Criar gado e plantação,
Alimento todo mundo,
Até a população...

Acontece que o povo briga
por um pedaço de chão,
mas tem gente que quer terra
só pra fazer exploração...

(Música: Meu limão, meu limoeiro)

Pois não é que a Terra, nem bem acabou de cantar, já foi logo abraçada pelos Animais e pela Vegetação? É que ela chora, fica triste por causa disto. Logo, logo as Plantas lhe disseram como ela é importante, como é amada...Aí, as Plantas aproveitaram para chamar o povo a atenção:

A queimada custa caro,
mata o rio e queima o chão, 
Plantando pelo contrário,
Preserva a vegetação.

(Música: A canoa virou)

E os Animais não perderam tempo e foram logo emendando:

Como pode um homem vivo
Viver sem a bicharia
Como poderá viver? Como poderá viver?
Sem a nossa, sem a nossa, sem a nossa,
Companhia????

(Música: Peixe vivo)

E, então a LUZ veio mansinha, doce, para fechar a cantoria:

Se essa Terra, se essa Terra fosse minha
Eu mandava, eu mandava ela mudar
Com pedrinhas, com pedrinhas de conhecimento,
Eu fazia, eu fazia  ela brilhar...


Autoria: Professoras em formação continuada - 2009 - LEAGEO