segunda-feira, 17 de março de 2014
Novos TCC's Disponíveis Para Consulta
Comunicamos que já se encontram disponíveis no LEAGEO, para consulta, os seguintes Trabalhos de Conclusão de Curso - TCC-Geo-2013/2.
- DA PROIBIÇÃO À POTENCIALIZAÇÃO: O USO EDUCATIVO DO CELULAR E TABLET EM SALA DE AULA E SUAS REPERCUSSÕES PEDAGÓGICAS.
- DA PROIBIÇÃO À POTENCIALIZAÇÃO: O USO EDUCATIVO DO CELULAR E TABLET EM SALA DE AULA E SUAS REPERCUSSÕES PEDAGÓGICAS.
Jaiania Dores Dos Reis
Kamila Costa Gomes
Lucas Barata Wingler
Mariana Bravim Pereira
Patrícia Costa Fabriz
Sara Pimentel Bastos
Orientador: Prof. Dr. Vilmar José Borges
Orientador: Prof. Dr. Vilmar José Borges
- A GEOGRAFIA COMO FERRAMENTA DE CIDADANIA E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: OFICINAS DE SUSTENTABILIDADE COM O 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Camila Cristina de Morais
Elizângela Rosa dos Santos
Emerson Fernandes de Medeiros
Fernanda Barboza
Kizzy Mattos de Oliveira
Natália Moreira Soares Diogenis
Orientador: Prof. Dr. José Américo Cararo
Orientador: Prof. Dr. José Américo Cararo
- O LIVRO DIDÁTICO E O REGIONALISMO COMO PENSAMENTO METODOLÓGICO DE ENSINO EM GEOGRAFIA: UM ESTUDO SOBRE O PROJETO ARARIBÁ NA REDE PÚBLICA DE ENSINO DE CARIACICA-ES
Aline Mothé Silva
Filiph Broetto
Juliana Laiber Sartório
Jussyara Rocha Nunes
Luany Luz de Oliveira
Renata Rampinelli Giocomin
Orientador: Prof. Dr. Vilmar José Borges
Orientador: Prof. Dr. Vilmar José Borges
- O ENSINO DE GEOGRAFIA SOB A PERSPECTIVA DA LINGUAGEM CINEMATOGRÁFICA
Aline Mattos de Souza
Janaina do Carmo Barcelos Martini
Ladiane Lopes de Vasconcelos
Orientador: Prof. Dr. José Américo Cararo
Orientador: Prof. Dr. José Américo Cararo
- DAS PERVERSIDADES E FABULAÇÕES ÀS POSSIBILIDADES: UMA OUTRA PROPAGANDA NO ENSINO DE GEOGRAFIA
Gustavo Cordeiro Curto
Luiz Carlos Conde Junior
Nathan Moretto Guzzo Fernandes
Stanley Sulke Barbosa
Thaís Batista Lovate
Orientador: Prof. Dr. Vilmar José Borges
Orientador: Prof. Dr. Vilmar José Borges
- AS CATEGORIAS GEOGRÁFICAS DE PAISAGEM E LUGAR NAS SÉRIES INICIAIS: A PERCEPÇÃO DAS CRIANÇAS DA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE ARAÇATIBA (VIANA-ES)
Isis da Rocha Nunes
Janine Silva da Penha
Wliane da Silva
Orientador: Prof. Dr. Vilmar José Borges
Orientador: Prof. Dr. Vilmar José Borges
sexta-feira, 7 de março de 2014
"A HISTÓRIA DOS DIABOS DA GUARDA"
O texto de hoje é uma criação interessante. Nas aulas de Tópicos de Ensino de Geografia, em 2012, realizamos um exercício de ler e depois recriarmos o lido num contexto nacional, à escolha de cada um de nós, parceiros no aprender. O propósito era exercitar leitura, escrita, transformação de dados e de informações pesquisadas em um texto. A Joicy nos brindou com este texto, merecedor da atenção de todos...
Abraços,
Professora Dra. Marisa Valladares
A HISTÓRIA DOS DIABOS DA
GUARDA
Joicy Mariana
Quando eu tinha nove anos, conversando com meu avô, perguntei se ele acreditava nessas coisas de céu, inferno e tudo mais. Então ele me contou uma história no mínimo curiosa. E jurou ser quase toda verdade, como em todas suas outras histórias fantásticas.
Ele começou me dizendo assim:
A história que tenho pra te contar minha fia, vai abusar um pouco da sua boa vontade em acreditar nos contos de um velho. Velho, mas que já viveu o suficiente para ver coisas que até o diabo duvida. E é mesmo desse danado que se refere o acontecido.
Acredite ou não, os diabos não são ruins. Pelo contrário, eles foram feitos para proteger as pessoas, como diabinhos da guarda. Quando esse cargo foi criado no governo celestial, as condições de trabalho pareciam muito boas. O que atraiu anjos de todas as áreas, só os cupidos e controladores de voo não foram aceitos, por sua tendência de gerar o caos. Um bom salário, ticket refeição, e ainda benefícios no programa de moradia “Minha nuvem, minha vida”. E tudo isso só pra tomar conta da mais recente criação divina, que nem podia voar. Então o que poderia aprontar de grave?
Mas o trabalho, que parecia perfeito, logo ganhou complicações quando a humanidade foi expulsa do paraíso. O diabinho que tomava conta da Eva quase saiu no tapa com ela, pra mulé não comer o diacho da fruta proibida. Foi ai que surgiu o ditado “mulher quando quer,...não tem diabo que segure”. Pra você vê, e ainda jogaram a culpa no pobre diabo pela desobediência dos outros.
Pela burrice de Eva, agora os diabos tinham que ir trabalhar num lugar precário, sem infra-estrutura e planejamento, o que trazia grandes problemas, principalmente com o clima. O corte de despesas nas obras de construção da Terra acarretou alguns desajustes na distribuição de água, sistema de refrigeração, escapamentos de lava, entre outros incômodos. Os diabos estavam acostumados com ambiente climatizado e sofreram muito com a adaptação.
Quanto mais a humanidade se multiplicava, mais se multiplicavam os problemas. Foi sempre uma guerra atrás da outra, para ver quem tem mais poder. E os camaradas ainda entraram em uma onda de dar valor às coisas (ouro, prata, especiarias) e as disputavam como se precisassem delas pra viver. Quando o dinheiro entrou na moda então, só você vendo, aí que acabou a paz. Isso já tem um tempão, foi quando tinha aquelas coisas de rei ainda, e esse trem está perturbando a vida da gente até hoje.
Como se toda desgraça que causasse não fosse suficiente, o Homem ainda justifica suas crueldades dizendo que é coisa do diabo. Assim, os coitados diabretes são colocados como vilões do mundo. Você tem noção que como essa profissão dos diabos é desvalorizada. É tipo ser professor, o dito-cujo faz o que pode pra tentar fazer um bom trabalho, e tudo que acontece de errado jogam a culpa nele. E ainda ficam zombando, fazendo exorcismo. Poxa vida, isso magoa!
A situação de descaso com os coitados é tão grave que, quando o pessoal do cinema inventou esse negócio de filme de terror, teve capeta que largou o emprego pra tentar a vida em Hollywood!
Mas a maior baixa do cargo foi quando um tal de Catiço, ex-chefe do sindicato dos diabos da guarda, fundou uma sociedade alternativa para a classe dos anjos trabalhadores. Tipo uma comunidade hippe, onde cada um produziria o necessário para sua subsistência, para não precisarem voltar a trabalhar para o governo celeste. A comunidade foi feita nas profundezas da Terra, e levou o nome de Inferno.
Nessas alturas da história eu já estava muito incomodada com o excesso de confiança do meu avô, por contar algo tão mirabolante com a cara mais deslavada do mundo, como se eu fosse acreditar em tudo. E mesmo sabendo que não ia adiantar questionei como ele poderia saber de tudo isso. E ele me disse “Foi o meu capetinha da guarda que contou ora! Que pergunta besta!”.
Quando eu tinha nove anos, conversando com meu avô, perguntei se ele acreditava nessas coisas de céu, inferno e tudo mais. Então ele me contou uma história no mínimo curiosa. E jurou ser quase toda verdade, como em todas suas outras histórias fantásticas.
Ele começou me dizendo assim:
A história que tenho pra te contar minha fia, vai abusar um pouco da sua boa vontade em acreditar nos contos de um velho. Velho, mas que já viveu o suficiente para ver coisas que até o diabo duvida. E é mesmo desse danado que se refere o acontecido.
Acredite ou não, os diabos não são ruins. Pelo contrário, eles foram feitos para proteger as pessoas, como diabinhos da guarda. Quando esse cargo foi criado no governo celestial, as condições de trabalho pareciam muito boas. O que atraiu anjos de todas as áreas, só os cupidos e controladores de voo não foram aceitos, por sua tendência de gerar o caos. Um bom salário, ticket refeição, e ainda benefícios no programa de moradia “Minha nuvem, minha vida”. E tudo isso só pra tomar conta da mais recente criação divina, que nem podia voar. Então o que poderia aprontar de grave?
Mas o trabalho, que parecia perfeito, logo ganhou complicações quando a humanidade foi expulsa do paraíso. O diabinho que tomava conta da Eva quase saiu no tapa com ela, pra mulé não comer o diacho da fruta proibida. Foi ai que surgiu o ditado “mulher quando quer,...não tem diabo que segure”. Pra você vê, e ainda jogaram a culpa no pobre diabo pela desobediência dos outros.
Pela burrice de Eva, agora os diabos tinham que ir trabalhar num lugar precário, sem infra-estrutura e planejamento, o que trazia grandes problemas, principalmente com o clima. O corte de despesas nas obras de construção da Terra acarretou alguns desajustes na distribuição de água, sistema de refrigeração, escapamentos de lava, entre outros incômodos. Os diabos estavam acostumados com ambiente climatizado e sofreram muito com a adaptação.
Quanto mais a humanidade se multiplicava, mais se multiplicavam os problemas. Foi sempre uma guerra atrás da outra, para ver quem tem mais poder. E os camaradas ainda entraram em uma onda de dar valor às coisas (ouro, prata, especiarias) e as disputavam como se precisassem delas pra viver. Quando o dinheiro entrou na moda então, só você vendo, aí que acabou a paz. Isso já tem um tempão, foi quando tinha aquelas coisas de rei ainda, e esse trem está perturbando a vida da gente até hoje.
Como se toda desgraça que causasse não fosse suficiente, o Homem ainda justifica suas crueldades dizendo que é coisa do diabo. Assim, os coitados diabretes são colocados como vilões do mundo. Você tem noção que como essa profissão dos diabos é desvalorizada. É tipo ser professor, o dito-cujo faz o que pode pra tentar fazer um bom trabalho, e tudo que acontece de errado jogam a culpa nele. E ainda ficam zombando, fazendo exorcismo. Poxa vida, isso magoa!
A situação de descaso com os coitados é tão grave que, quando o pessoal do cinema inventou esse negócio de filme de terror, teve capeta que largou o emprego pra tentar a vida em Hollywood!
Mas a maior baixa do cargo foi quando um tal de Catiço, ex-chefe do sindicato dos diabos da guarda, fundou uma sociedade alternativa para a classe dos anjos trabalhadores. Tipo uma comunidade hippe, onde cada um produziria o necessário para sua subsistência, para não precisarem voltar a trabalhar para o governo celeste. A comunidade foi feita nas profundezas da Terra, e levou o nome de Inferno.
Nessas alturas da história eu já estava muito incomodada com o excesso de confiança do meu avô, por contar algo tão mirabolante com a cara mais deslavada do mundo, como se eu fosse acreditar em tudo. E mesmo sabendo que não ia adiantar questionei como ele poderia saber de tudo isso. E ele me disse “Foi o meu capetinha da guarda que contou ora! Que pergunta besta!”.
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